terça-feira, 30 de agosto de 2016

Entrevista com Marcos Santuário, um dos curadores do Festival de Cinema de Gramado


Marcos Santuario fala sobre a sua participação do Festival     Foto: Nicole Morbach

Marcos Santuário é critico de cinema, Editor de Cultura do jornal Correio do Povo, membro fundador da Associação Brasileira de Críticos de Cinema(ABRACCINE) e da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul(ACCIRS), professor na Universidade Feevale e desde a edição número 40 do festiva de Cinema de Gramado integra a curadoria do evento.

Qual o diferencial das outras três edições que tu participaste para a deste ano?

“O festival tem crescido em vários aspectos, com o acúmulo de experiência que temos desde 2012 quando fui convidado junto ao Jose Wilker e o Rubens Ewald Filho e desde então começamos a mudar o festival, de acordo com o que foi nos foi pedido. Foi necessário trazer filmes que pudessem dialogar melhor com o público, com Gramado e que depois pudessem ganhar as telas de cinema. Atualmente temos mais filmes que vem a Gramado por iniciativa própria, antes tínhamos que procurar os diretores e dizer para se inscreverem; agora recebemos muitos filmes sem nenhum problema e que querem participar do festival; Com isso, este ano, fizemos uma das aberturas mais emocionantes dos últimos tempos: trouxemos a Sonia Braga, com o filme do Kleber Mendonça que nos representou em Cannes, Elis com a Eliza Horta, e produzimos gargalhadas com O Roubo da Taça. Isso quer dizer que podemos mostrar desde o inicio do festival que estamos cumprindo a proposta de ser cada vez mais uma fonte de dialogo cinematográfico entre todos, desde os produtores, diretores, atores ate a critica e o publico. E pensar que estamos em uma dos destinos mais desejado do Brasil nos obriga a criar uma programação que interesse as pessoas que estão em Gramado, então para o publico interessa Tony Ramos, o novo filme do Leonardo Sbaraglia com a Carolina Dieckmann e as produções latinas mais recentes. Isso é o mais importante: a qualidade e a diversidade que vão reconquistando o respeito que o festival mais antigo do Brasil sempre teve.”

Tu chegaste a trabalhar com o José Wilker como falaste anteriormente. Qual a importância dele para o cinema brasileiro e o festival de Gramado?

“A importância dele e inegável, ele e um dos nomes sempre lembrados do cinema e do áudio visual em geral, pois o trabalho dele na televisão sempre foi muito forte e intenso. No caso do festival, quando formamos o trio de curadores, nos já éramos amigos, nos conhecíamos de outros festivais e isso facilitou muito para pensar na nova cara de Gramado pois já estávamos sintonizamos com esse tipo de cinema mais aberto, comunicativo e contemporâneo. Quando foi anunciado que a curadoria seria composta sobretudo por Jose Wilker, isso deu um grande impacto ao festival, pois ele tem uma grande visibilidade televisiva e com isso ele deus mais respeitabilidade a Gramado. Ele sempre foi um amigo do festival, participando dos eventos e depois ele integrou a organização. Para mim, trabalhar com ele foi maravilhoso, pois ele era um grande conhecedor de cinema e entendedor deste universo”.


 Muitos longas metragens desta edição apresentam mulheres extremamente fortes, como no filme Elis, interpretada por Andreia Horta, o quão relevante é isso?
“Isso mostra o quão atentos de alguma maneira estamos ao universo feminino na representação histórica e cinematográfica. Iniciamos homenageando a Sonia Braga, depois trouxemos um filme que trata um ícone da musica brasileira que é Elis Regina, com o talento cinematográfico de Andreia Horta. O Festival ainda traz Carolina Dieckmann vivendo uma personagem intensa e forte no filme “O silencio do Céu”. Fomos felizes de termos varias mulheres que são muito bem representadas nesta edição do Festival de Cinema de Gramado.”

Miluna Rilo Ayala, acadêmica do 2º semestre de Jornalismo na Universidade Feevale 

2 comentários:

  1. Parabéns, Miluna, que vc tenha muito sucesso nesse trabalho. Gostei da entrevista.

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  2. Parabéns, Miluna, que vc tenha muito sucesso nesse trabalho. Gostei da entrevista.

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