quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Coletiva: Las Analfabetas, de Moisés Sepúlveda

Coletiva de Imprensa do longa "Las Analfabetas"
(Foto: Gian Couto/Feevale)
Após passar por mais de quarenta festivais ao redor do mundo, Las Analfabetas finalmente chegou a Gramado. Com estreia no famoso Festival de Veneza, a produção chilena de Moisés Sepúlveda, já passou pelos cinemas de seu país de origem, levando mais de dez mil espectadores ao cinema. Esse número, garante o produtor do longa, Fernando Bascuñán, “é algo interessante. O Chile tem um mercado pequeno e dividido. É muito difícil conseguir novos espectadores”.

Na coletiva do meio-dia, logo após a reprise do filme no Palácio dos Festivais, a equipe de Las Analfabetas se reuniu para falar sobre a obra. Estavam presentes o diretor Moisés Sepúlveda e uma das atrizes protagonista do longa, Valentina Muhr, além do já citado produtor Bascuñán. O filme conta a história de Ximena, uma cinquentona analfabeta que encontra Jackeline, uma jovem professora que quer lhe introduzir no mundo das letras.

Uma das primeiras perguntas envolveu a comparação que existe entre o filme e a peça teatral na qual ele foi inspirado. Moisés Sepúlveda contou que a história levada aos palcos por Pablo Paredes, o encantou logo de cara. “Quando eu vi a peça, logo percebi que ela tinha um grande potencial cinematográfico. Do mesmo modo, quando eu vejo o filme, percebo que ele é muito teatral”, contou o diretor. A atriz Valentina Muhr, que atuou com Paulina Garcia tanto no filme quanto na peça, comentou sobre a parceria com a colega mais velha e já consolidada, “A Paulina foi minha professora na escola de teatro, depois me chamou para atuar numa das peças que ela dirige. Nós já trabalhamos esse texto [Las Analfabetas], há dois anos, então eu já me sinto bem a vontade com ela”.


Moisés Sepúlveda contou que grande parte de Las Analfabetas foi filmado durante 2011. Com um processo de montagem lento, o filme agora busca grande parte de seu público em festivais. No entanto, Bascuñán revelou que foi muito contatado por professores e escolas, que se interessaram em usar o filme nas aulas. Com um tema universal, a tendência é que o filme de Sepúlveda siga sendo distribuído em diversos países e despertando a atenção de vários espectadores.


Gian Couto, acadêmico do 5º semestre da Universidade Feevale

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