segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Edison Vara: 25 anos clicando no Festival de Cinema de Gramado


Entre cliques e flashes, o fotojornalista Edison Vara, que trabalha há 25 anos no Festival de Cinema de Gramado, e como fotógrafo oficial do evento há 13 anos, vai captando as melhores imagens para vários veículos de comunicação do país.

Edison trabalhou na cobertura do Festival para veículos da grande imprensa, onde fez a divulgação do evento no Brasil e no exterior. Pioneiro no uso da câmera digital, em 1987 ele começou a estudar Fotojornalismo e fotografar cenas inusitadas do dia a dia com uma câmera de 1.6 mega pixel. Nessa época, falou aos seus colegas de profissão que a tecnologia estava evoluindo, e eles necessitavam acompanhar essa transição.

Edison relembra um dos momentos marcantes de seu trabalho no Festival de Cinema, quando fotografou a atriz italiana Eva Grimaldi, em 1994: “Consegui fazer uma exclusiva com ela, fotografando cenas sensuais da atriz. Nenhum outro veículo de imprensa conseguiu ter acesso ao hotel”, afirmou.  
Abriu sua própria agência em 1995. E em 96 foi convidado pela Zero Hora, veículo que trabalhava anteriormente, para fazer uma foto, que foi publicada no jornal. “Sai juntamente com a equipe da redação, e fiz uma imagem que foi para a capa do caderno de esporte”, relembrou.

Dentre os prêmios conquistados, Edison guarda na lembrança um acontecimento importante de sua carreira, quando cobriu, juntamente com outro fotógrafo brasileiro, os 30 anos da Revolução Cubana, em Havana, em 1989. “Fiquei 12 dias cobrindo para a Zero Hora e fiz uma sequência de fotos de Fidel Castro, e no momento em que ele discursava, veio uma pomba e pousou em seu ombro e ali ficou durante todo o tempo”, relatou Edson.

Segundo ele, já no primeiro dia, esta edição do festival teve uma grande repercussão, sendo divulgado em muitos sites e veículos impressos do país.  Edison observa que mudanças estão surgindo no evento este ano. O cinema voltará a ser a principal atração do festival. “Antes o foco era mais nos atores globais que vinham para a serra gaúcha. Agora com essa nova proposta o Festival de Cinema será um grande evento”, opinou.

Como em toda profissão, o Fotojornalismo tem desafios diários, como fala o fotojornalista. “Na Zero Hora, cobri muito sobre colonos sem-terra”, revelou. “Teve um dia que os colonos estavam acampados em uma fazenda e a equipe mal conseguia entrar. O foco seria flagrá-los colocando armas de holocausto. Essas fotos deram uma grande repercussão”, recordou.

No entanto, apesar das inúmeras dificuldades, a paixão pelo Fotojornalismo não se apaga. Edson Vara se denomina um apaixonado pela profissão. “Sempre fui ligado no esporte!”, exclamou, convicto. “Estou há 16 anos fotografando para a Revista Placar, onde faço a cobertura dos jogos da Seleção Brasileira e da Copa do Mundo”, ressaltou.  
Para ser um bom fotojornalista, a dica de Edison é estar atualizado e ir atrás das grandes fotos que estão espalhadas pelo mundo a fora. “Para ser fotojornalista, primeiramente, tem que gostar de fazer as fotos, tem que buscar, correr atrás, ver fotos de outros profissionais da área. Tem que ser 50% repórter fotográfico e os outros 50% jornalista. Um bom fotojornalista se faz com muita dedicação e estudo”, finalizou.

Para conhecer mais do trabalho de Edison Vara basta acessar o site CLICANDO AQUI (http://www.edisonvara.com.br). No espaço estão registrados os melhores momentos da trajetória do fotojornalista.



Daiana Vieira Lopes
Acadêmica de Jornalismo - 6º semestre

Foto: Adriano Schneider

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