sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Como turistas e moradores de Gramado veem o Festival

Ana Margarida e Edgar, de Campo Grande, em frente ao tapete vermelho

Para a imprensa brasileira, no mês de agosto, Gramado é sinônimo de Festival de Cinema. Mas nem tudo gira em torno do tapete vermelho neste período. Marcio Zamboni, 24 anos, é um exemplo disso. Embora tenha nascido e crescido em Gramado, nunca assistiu a uma exibição no Festival, tampouco esperou alguma celebridade passar no tapete vermelho. “Nunca me chamou a atenção”, diz. Quando perguntado sobre se nenhum artista valeria a espera, acha graça: “gosto de Jackie Chan, mas dificilmente ele viria”.


Já Claudio Caetano da Silva, frentista de um restaurante de Gramado, gosta do Festival justamente pela possibilidade de conhecer atores. Conta, animado, que na última semana conheceu André di Mauro, da novela da Record que assiste, Vidas em Jogo. “Quando vi pela primeira vez no restaurante, não tinha certeza que era ele. Mas na outra noite ele veio, e resolvi falar com o cara”, salienta. Claudio conta, animado, que além de tirar foto com André, ainda ensinou-lhe uma expressão. “Ensinei ele a falar firme e forte. Sei disso porque no outro dia ele voltou e repetiu isso para mim, fazendo sinal de positivo com as mãos”, conta.


Além disso, muitos dos turistas que vão a Gramado nem se dão conta de que o Festival está em andamento. Ana Margarida Oliveira Resende, 46 anos, é de Campo Grande, Mato Grosso, e está a passeio na cidade com o marido, Edgar. Quando comprou o pacote de viagens, nem sabia da existência do evento - mas aprovou a surpresa. “No domingo, uma senhora, que no dia seguinte até vi no jornal, me convidou para entrar no tapete vermelho, para assistir dois curtas”, lembra. Ela se sentiu igual à atriz Juliana Didone no momento.


A professora Carmen Bückert, de Porto Alegre, também visitava a cidade na manhã de hoje. Ela conta que vai à Serra uma vez por ano, e a visita nunca havia coincidido com o período do evento antes. “Eu sou cinéfila”, destaca. “Gostaria muito de assistir um filme, até para valorizar o cinema brasileiro, mas o meu marido não tem paciência”.

Jéssica R. Weber
Academica de Jornalismo - 4º semestre

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